O Brasil é gigante – em diversos sentidos.
Mas, apesar de sua grandeza, historicamente é tratado como colônia: primeiro de Portugal, e agora dos Estados Unidos.
Foi para quebrar esse ciclo e nos dar poder energético que a Petrobras foi criada. Na Era Vargas, o país dependia das multinacionais do petróleo, e o combustível importado pesava no bolso dos brasileiros.
A sociedade pressionou o governo por uma política desenvolvimentista e libertadora, e assim nasceu a estatal do petróleo brasileiro, com o objetivo de nos tornar independentes das gigantes petroleiras internacionais.
Hoje, porém, a estatal é esvaziada pelo atual Governo Federal, e com ela nossa soberania. Veja o porquê.
O poder da integração
No setor petrolífero, a integração da cadeia de produção garante maior independência energética a um país.
Era esse o caminho que o Brasil estava trilhando: a Petrobras já teve integração entre as atividades de extração, refino e distribuição do petróleo e seus derivados.
A integração da estatal permitia que, do petróleo cru ao refino, diversos produtos nacionais fossem originados, como diesel, gasolina, combustíveis para navios e aviação, gás de cozinha, garrafa PET e muitos outros.
Com a descoberta do Pré-sal, isso se tornou ainda mais forte. No âmbito energético, o Brasil mandava em seu próprio território, um poder estratégico que refletia na economia e no progresso nacionais.
Mas, com a política de privatizações e desmonte do atual governo, esse poder brasileiro está se esvaindo. O refino nacional está sendo desmontado para ser privatizado e áreas do Pré-sal estão sendo entregues à exploração desenfreada de empresas estrangeiras.
Vamos ficar cada vez mais longe do país soberano que estávamos construindo.
Um país soberano
Governos inteligentes usam o poder da integração para beneficiar o próprio povo.
Das 20 maiores gigantes petroleiras do mundo, 13 são estatais. Das cinco primeiras, quatro são geridas por governos de seus países.
Enquanto estatais petrolíferas têm maior capacidade e eficiência na gestão de suas reservas e na sua atuação integrada, empresas privadas não conseguem repor suas reservas consumidas nem manter suas participações nas demais atividades do setor.
O Brasil tem uma empresa estratégica no setor, a Petrobras, e devemos aproveitar esse potencial para geração de emprego e renda, para aquecer a economia e promover desenvolvimento social.
O governo deixar de tentar entregar todo esse potencial para outros países. Esses recursos pertencem ao povo brasileiro e devem continuar servindo para gerar benefícios para a nossa população.