A estratégia que as elites econômicas utilizam para tentar privatizar a Petrobras é convencer a opinião pública de que vendê-la é um bom negócio.
Neste texto, vamos lhe mostrar cinco mentiras que contam aos brasileiros para convencê-los de que a privatização da Petrobras seria boa para o país.
Leia a seguir e fique antenado nas falsas narrativas que reproduzem.
- “A corrupção quebrou a Petrobras”
A Operação Lava Jato surgiu com o discurso de “varrer a corrupção do país”. A verdade é que foi usada para atender objetivos políticos e econômicos, visando, entre outros objetivos, a privatização da Petrobras a qualquer custo. Para isso, em vez de focar nos problemas (que podem ocorrer em qualquer empresa de grande porte).
A corrupção deve ser combatida sem difamações, mas com mecanismos de controle. Além disso, a mídia ocultou elementos como o péssimo cenário internacional do petróleo que afetou todas as empresas petrolíferas mundiais.
- “Novo modelo de companhia”
A expressão “novo modelo de companhia” é utilizada como forma de defender o ideal neoliberal de gestão pública, com menos Estado (e menos atendimento às necessidades da população).
A verdade é que privatizar não acaba com corrupção (aumenta!). Gigantes privadas como a Exxon, ou mesmo empresas que fazem parte de grupos econômicos que já manifestaram interesse em comprar refinarias, como a Raizen (joint venture entre a brasileira Cosan e a Shell), Ultrapar (dona da rede de postos Ipiranga), e tradings como Glencore, Trafigura e Vitol, têm envolvimento em casos de corrupção no Brasil e no exterior, seja por pagamento de propinas ou na manipulação de preços de combustíveis.
- “A Petrobras é ineficiente”
Assim como tentam fazer com as demais empresa estatais e serviço públicos, setores sem compromisso com o Brasil tentam fazer a população acreditar que a Petrobras não é eficiente.
Por ser estatal, seu objetivo principal não é apenas o lucro, mas cumprir com uma função social, e mesmo assim, a história da estatal ainda prova que ela está ficando cada vez mais produtiva: na década de 1970, a empresa produzia cerca de 41 mil barris/dia. Na década seguinte, esse número era de 500 mil barris/dia. Atualmente, passou de 3 milhões de barris/dia.
Isso prova que ela é eficiente e ainda há muito potencial a ser explorado.
- “Privatização gera gasolina mais barata”
A atual gestão reduz a capacidade de suas refinarias e importa combustível, o que eleva o preço que o consumidor paga. E mesmo assim a Petrobras é responsável apenas por 18% do preço (o restante são impostos federais e estaduais, custo do etanol anidro e lucro da iniciativa privada, responsável pela distribuição e pela revenda).
Outro fator que aumenta o valor praticado é que desde o governo Temer, o Brasil usa a cotação do mercado internacional como referência, com frequentes mudanças de tarifas.
Isso significa que, além dos prejuízos à toda a população, privatizar a Petrobras não resolverá a questão dos preços. É muito provável que fiquem ainda mais caros.
- “Privatização gera competitividade”
Você sabia que o monopólio da Petrobras não existe desde 1997, mas nenhuma empresa privada se instalou no país? O motivo é simples: as elites econômicas preferem destruir o legado da empresa para poderem comprar os nossos ativos a um preço barato do que abrirem seus próprios negócios e ter a estatal como concorrente. Em resumo, tudo o que querem é o monopólio privado, não um cenário competitivo.
Não se deixe enganar. Privatizar a Petrobras só atenderia aos interesses privados e do capital internacional.
O que o Brasil precisa é que a Petrobras continue estatal e cada vez mais completa. Assim o nosso país conseguirá construir um futuro mais próspero para todos os brasileiros.